HomeExchange, Intervac, Kindred… As trocas de casas estão em alta: “Nunca teríamos criado tantas conexões com o Airbnb”

Quando se casaram, há dez anos, Michel e Gilles receberam amigos da Áustria, Estados Unidos, México e Austrália na vila de Lot, onde o casamento foi realizado. Uma característica especial desses convidados: Michel, de 68 anos, e Gilles, de 76, os conheceram hospedando-os ou hospedando-se em suas casas, por meio de uma troca de casas. "Se tivéssemos usado o Airbnb, nunca teríamos criado esses laços", explica Michel. Este casal parisiense, residente no 20º arrondissement, já fez quase 80 trocas, na Europa e ao redor do mundo. "Seis ou sete permaneceram amigos. Aliás, hoje à noite, um deles, um brasileiro que mora em Berlim, vem jantar! Pam e Ron, que são da Austrália, também nos dão notícias regularmente, e quando seus filhos vieram a Paris, nós os levamos a um restaurante no bairro", conta Michel.
Michel e Gilles, aposentados após carreiras no setor bancário e no Fundo de Abono de Família, trocam de casa há quinze anos. Trocar de casa com estranhos não é novidade: a Intervac, a organização sem fins lucrativos mais antiga, organiza esse tipo de ação desde 1953. Mas está atraindo cada vez mais pessoas: a HomeExchange, principal empresa na França, afirma ter mais de 240.000 membros no mundo todo, em comparação com apenas 66.625 em 2021. Na França, o número de membros explodiu, nas mesmas proporções: quadruplicou entre 2021 e 2025. E o número de pernoites dobrou.
Libération